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- Capítulo 4
Posted by : Killer
Dec 1, 2018

A Garota Solitária
Red estava com pressa. Não
demorou muito até que chegasse a Viridian novamente, seguindo para o Centro
Pokémon para ajudar seus companheiros e procurar abrigo, já que estava quase
anoitecendo. Foi seu primeiro dia de jornada, e apesar de ter conseguido dois
novos Pokémon, tinha sofrido uma humilhação na rota 22. Ele estava perdido em
seu caminho, filosoficamente falando.
Correndo pelas esquinas da cidade,
o garoto parou abruptamente ao notar um corpo caído à sua frente. Aproximou-se cautelosamente
e observou que era uma garota de cabelos loiros que vestia roupas maltrapilhas e
que tinha aproximadamente a mesma idade dele. Parecia ter se arrastado por alguns
metros e desmaiado ali. Ao lado da garota, um pequeno Pokémon roedor de pelos
amarelos a olhava preocupado, guinchava e tentava erguer a garota de todas as
formas, porém sem sucesso. As pontas de suas orelhas, seu pescoço e a cauda eram
pretas e angulares. As bochechas que armazenavam energia elétrica eram rosa e
ele se assemelhava bastante com o Pikachu que o garoto havia ganhado do
Professor Carvalho. A PokéDex do garoto informou que o nome da criatura era
“Pichu”, e ele era realmente a forma pré-evoluída de Pikachu — agora fazia
sentido a semelhança.

Red se dirigiu depressa até
a jovem desmaiada e tentou erguê-la do chão, mas os músculos dela não possuíam
nenhum tônus, o que dificultou o trabalho porque assim fazia parecer que o
corpo era mais pesado do que realmente era. Ela parecia uma boneca de pano
muito pesada e o corpo do garoto também estava exausto por ter andado o dia
inteiro. Pichu tentou ajudar empurrando a garota, mas seu gesto era apenas
simbólico naquele momento, afinal Red estava fazendo todo o trabalho sozinho,
tentando carregar a menina apoiando-a em suas costas.
Após algumas tentativas, conseguiu
algum resultado. O peso do corpo desfalecido da garota sobre sua coluna
vertebral fez com que os músculos das costas do rapaz trabalhassem mais e
começassem a reclamar em forma de dor, mas ele não podia deixar ela ali
desmaiada. Estava quase anoitecendo e ele pretendia passar a noite no Centro
Pokémon. O hospital também poderia cuidar dela, então Red só precisava aguentar
até lá, se esforçando ao máximo para conseguir carregar a garota misteriosa e
dividir espaço com sua mochila nas costas. Pichu, que anteriormente tentava
fazê-la acordar, agora acompanhava Red, correndo para compensar as passadas do
humano com suas pequeninas patas. A feição do pequeno roedor era de preocupação
com o que poderia acontecer com a garota.
Demorou alguns minutos até
que chegassem ao Centro Pokémon, o suficiente para que o sol terminasse de se
pôr e a noite tomasse conta do imenso céu naquele fim de verão. Red
imediatamente se dirigiu até o balcão de atendimento e pediu que cuidassem da
garota loira com urgência, mas ela não possuía documentação, muito menos uma
licença de treinadora, por tanto não possuía direitos de ter atendimento
naquelas instalações.
— O que você quer dizer com
não tem direitos?! — perguntou Red incrédulo.
— Desculpe senhor, mas essas
são as regras.
— Isso é um lugar de cuidar
dos feridos e doentes! Ela estava desmaiada na rua! Vocês têm que ajudar ela!
— Sem a licença de
treinador, o Centro Pokémon não pode agir.
Pichu guinchava indignado.
— Se fosse eu no lugar dela,
vocês me aceitariam e cuidariam dos meus Pokémon? — desafiou Red aumentando o
tom de sua voz mostrando sua licença na Pokédex.
— Sim senhor, nesse caso
seria possível.
— Pronto! Então aceitem ela
com a minha licença!
Pichu olhou para Red
totalmente maravilhado. Prontamente ergueu o tom de voz e começou a protestar
também, esbravejando contra a recepcionista no balcão.
— Desculpe? — a mulher
parecia não ter entendido a proposta.
— Eu tenho a licença. Ela
vai ser internada no meu lugar. Pode registrar aí agora. Vamos! — Red estava
quase gritando com a recepcionista, que se encolhia em seus ombros.
— Não temos registros de
casos assim... Por favor, poderia falar um pouco mais baixo, senhor? — A moça
estava completamente vermelha, morrendo de vergonha. Com as mãos trêmulas,
tentava acalmar Red.
— Ótimo! Então se não tem
registros, não é proibido, comece o cadastro — respondeu falando mais alto e
entregando a própria Pokédex.
A recepcionista percebeu os
olhares de outros treinadores sendo atraídos para o garoto escandaloso e a
garota em suas costas. Ele não estava errado: Não era proibido, mas chamar
atenção assim poderia fazer com que outros pudessem ter a mesma ideia. Ela
pensou rápido e decidiu cadastrar a garota com a licença dele e reportar aos
superiores para que não ocorresse novamente outros casos assim no futuro.
Depois que a garota foi
devidamente encaminhada para a enfermaria, Red deixou seus Pokémon no serviço
de cuidado Médico-Pokémon para se recuperarem da batalha de mais cedo. Só então
se preocupou em pedir um quarto para passar a noite. A recepcionista lhe
entregou um cartão-chave, indicou o caminho até o quarto e informou que os
Pokémon seriam devolvidos em perfeitas condições de saúde pela manhã.
O garoto se dirigiu para o
cômodo ao qual foi designado, tentando relaxar um pouco da sua tensão a cada
passo que dava e não se importando em demonstrar desleixo na postura a cada vez
que ficava mais próximo do quarto. Preocupações tomavam conta da cabeça de Red
enquanto ele alcançava a porta, mas ele não tinha o que fazer agora. Seus
Pokémon estavam machucados, a culpa era dele, mas ele não podia curá-los. Ele
teria que resolver isso pela manhã, não é?
Quando chegou ao quarto,
passou o cartão para abrir a porta e entrou, mas antes de fechá-la, percebeu
que o Pichu que permaneceu com a garota desacordada no meio da estrada e o estava
o seguindo até agora estava prestes a entrar no quarto também.
— Você quer esperar ela aqui
comigo?
A criatura respondeu
afirmativamente com a cabeça.
— Tudo bem então, pode
entrar — autorizou Red, muito cansado para discutir alguma coisa.
O quarto era pequeno,
mobiliado apenas com uma cama e uma mesa de cabeceira e um espaço suficiente
apenas para circular entre a cama e o banheiro. Ele foi logo tomar banho para
relaxar do longo dia percorrido nas rotas ao redor, correndo e apanhando dos
Pokémon.
Após sair do banheiro,
deitou na cama. O pequeno Pichu subiu no colchão e se aninhou ao seu lado. Red o
olhou por alguns segundos, mas nada disse devido ao cansaço. Acabou dormindo em
questão de minutos.
***
O colchão da maca era macio,
mas aquela posição em que a colocaram não era a mais confortável. Por incrível
que pudesse parecer, o concreto em que havia deitado mais cedo estava melhor.
Finalmente a garota estava despertando.
A segunda coisa que chamou sua
atenção foram bipes ritmados vindos de um aparelho a sua direita, então ela
decidiu abrir as pálpebras e virar o pescoço para observar o que estava
emitindo o som. Era um monitor que mostrava um gráfico verde sempre repetindo o
mesmo padrão em sincronia com os bipes. Ela percebeu que alguns cabos se
conectavam na lateral do monitor e seguiu o caminho que eles faziam com o
olhar, constatando que a outra ponta deles estava em seu tórax, cada um em um
ponto diferente, presos com uma espécie de adesivo.
Ela decidiu retirá-los, mas
ao levantar sua mão direita percebeu que haviam introduzido algo profundamente
em sua pele, algo que se assemelhava a uma agulha feita de plástico que também
estava presa por um adesivo. Por essa agulha, um liquido transparente que jazia
numa bolsa presa numa estrutura metálica acima da maca era injetado para o
corpo da garota vagarosamente.
Usou sua mão esquerda para
tirar o acesso e utilizou do próprio adesivo para estancar o pequeno
sangramento. Então começou a tirar todos os cabos que estavam presos ao seu
corpo. O bipe da máquina se tornou um som constante.
Ela se levantou. Dessa vez
os movimentos estavam mais fáceis, seus músculos estavam obedecendo de
prontidão, mas outro problema apareceu: Uma enfermeira de cabelos rosados e um
médico apareceram para verificar o motivo do bipe ter se alterado e viram a
paciente em pé.
— Você acordou, que bom! —
exclamou a enfermeira.
— Se lembra o que aconteceu
com você?
A garota pareceu confusa.
Não conhecia nenhuma daquelas pessoas e simplesmente correu entre eles,
jogando-os para os lados e fugiu para o corredor. Os profissionais caíram e
bateram contra os moveis e equipamentos enquanto a garota já procurava uma
saída do prédio. A enfermeira ligou para a recepção do telefone ao lado da maca
e avisou que a paciente estava tentando fugir.
A garota continuou correndo
pelo corredor, tentando a sorte ao escolher um dos lados para seguir. Achou uma
escada e desceu até o térreo, onde achou uma porta de vidro que se abriu para o
lado com sua proximidade. Ao atravessá-la, a garota adentrou o saguão do Centro
Pokémon, sendo encarada por várias pessoas que estavam presentes no local.
Ela chamava a atenção não só
pelo fato de estar correndo e ter surgido de repente, mas também por estar
trajando a camisola hospitalar alva-esverdeada típica de pacientes internados.
Ela percebeu que uma porta maior de vidro levava até o ambiente externo e
correu até ela, pronta para alcançar a saída das instalações médicas. Mas
quando o sensor detectou sua presença e começou a abrir a porta, assim que a
diferença de pressão entre os ambientes fez o vento soprar para o hall do
Centro Pokémon, a cabeça da garota latejou e tudo ficou preto diante dos seus
olhos.
Em um choque, suas pernas
cederam. O braço que havia colocado na frente de seu rosto, pronto para quebrar
o vidro se fosse necessário também perdeu a força e relaxou completamente, até que
caiu na entrada do Centro Pokémon. O detector da porta automática ainda
reconhecendo sua presença, mantinha a porta aberta, fazendo com que ela
recebesse o frio vento noturno de Viridian em seu corpo desprotegido.
Três médicos acompanhados de
um grupo de seis enfermeiros e duas Chansey se aproximaram. Juntos a
posicionaram numa maca móvel e alertaram a todos no saguão que estava tudo bem,
antes de levar a garota loira de volta para o quarto na enfermaria.
***
Demorou um bom tempo até que
a claridade da manhã estivesse forte o suficiente para incomodar Red o bastante
para que ele acordasse. Devagar, o garoto se pôs sentado na cama e bocejou,
fazendo o pequeno Pokémon amarelo rolar pelo colchão, ainda em estado de sono.
Após a higienização matutina
do corpo, ele acordou Pichu e juntos desceram até o refeitório. Red tentava
comer um pão recheado com ovos mexidos, mas depois de uma mordida ele passou a
cutucar a comida, perdido em pensamentos sobre a derrota do dia anterior. Pichu
comia uns pedaços que o garoto lhe dava, até perceber que o Pokémon insistia em
puxar sua camisa cada vez mais forte, apontando na direção da recepção.
— Você vai rasgar minha
roupa... — disse Red sem muita animação na voz.
Pichu resmungava
visivelmente mal humorado enquanto puxava ainda mais a barra da camisa do
garoto.
— Você está preocupado com a
sua treinadora, não é? — indagou Red enquanto fazia o pão rolar para o lado.
Pichu afirmou com a cabeça.
— Tudo bem... Vamos até a
recepção pegar meus Pokémon e eu vejo se eles deixam a gente ficar com ela na
enfermaria.
***
A garota não via nada,
apesar dos seus olhos estarem abertos. Na verdade, ela teve dúvida se seus
olhos estavam mesmo abertos, mas fechou-os com bastante força e abriu-os
novamente, checando sua visão colocando suas mãos perante seu rosto, mas o
ambiente era pura escuridão. Até o chão em que pisava e conseguia sentir não
era visível. Apenas o breu estava presente.
— Olá? — gritou.
Mas a única resposta foi o
eco da sua voz.
Do chão, uma garota igual a
ela começou a tomar forma e a se levantar. Era a única coisa que ela podia ver
agora, e percebeu que o ambiente não era escuro, mas sim completo vazio. O
corpo de sua cópia não vestia roupas. A pele era branca e o cabelo era loiro e
comprido.
Mas algo estava errado.
Olhou para o rosto de sua
cópia e percebeu que não havia rosto. Não havia olhos e nem nariz, apenas a
alva pele onde as estruturas deveriam estar, mas aquele ser possuía uma boca. A
garota deu alguns passos para trás, receosa com a situação.
— Olá? — respondeu a cópia.
— Onde estou? — perguntou a
garota, com medo, mas também com alguma esperança.
Outra cópia surgiu do chão.
Essa também não tinha rosto, mas era um pouco diferente da primeira. Era menor
e parecia ser uma versão mais jovem que a outra.
— Onde estou? — responderam
as duas cópias em uníssono.
— O que está acontecendo? —
indagou novamente a garota original, agora com o pânico começando a se
instaurar. Seu coração começou a acelerar junto com sua respiração. Sentiu seus
músculos latejarem com o fluxo de sangue aumentando em seus vasos. Ela estava
pronta para correr dali.
Mais duas cópias tomaram
forma do vazio que era o chão. Cada vez aparentando menos idade, mesmo sem ter
face. A garota se afastava, mas as cópias macabras começaram a se aproximar
lentamente.
— O que está acontecendo? —
responderam as cópias em conjunto.
A loira tentou dar mais um
passo para trás e tropeçou em seu próprio pé. Ela gritou enquanto caia e suas
cópias gritaram junto com a original. Mas ela não tombou no chão. Ela flutuou
no vazio.
De alguma forma estranha,
ela conseguiu se apoiar no nada e se levantar novamente.
—O... O que f... foi isso? —
gaguejou.
O efeito dos questionamentos
se repetiu. Mais quatro cópias tomaram formas ao seu redor. Todas as cópias
andavam em direção à sua fonte de origem enquanto repetiam num coro perfeito as
mesmas palavras.
— O que foi isso?
A garota tentou passar entre
dois dos seus reflexos, batendo em um deles com o cotovelo, mas ao invés de
caírem, uma das cópias simplesmente abriu caminho para ela passar.
— Quem são vocês?! — berrou
a loira em um misto de pânico e raiva. Ela não compreendia a situação.
— Quem somos nós? —
responderam as cópias.
Então elas não pararam de
surgir. Em todos os lugares as cópias se formavam, em diferentes idades, desde bebês
até cópias que aparentavam ter a mesma idade da garota. Cada vez que um dos
reflexos se formava, ele repetia a mesma pergunta.
A loira estava cercada por
centenas de cópias de si mesma.
— Quem é você? — perguntavam
as cópias em uníssono.
Ela abriu a boca para
responder, mas nenhuma resposta brotou de sua garganta. Ela buscou em seu cérebro,
mas apenas o vazio e o breu tinham espaço. A única coisa que ela conseguia
resgatar em sua memória era a breve lembrança de tentar fugir daquele local
anterior com o monitor dos bipes e os cabos presos em seu corpo e então de
desmaiar na porta da saída.
“Quem sou eu?”. Agora sua
própria mente ecoava aquele questionamento para ela mesma.
— Quem é você? — perguntaram
novamente as cópias, agora com mais fervor em suas vozes.
Seu cérebro latejava. Ela
tentava se lembrar do passado. Qualquer pista de seu nome, ou da pessoa que um
dia fora, até mesmo de onde vinha.
Suas pernas falharam e ela caiu de joelhos no
chão.
Ela gritou. Seus reflexos
gritaram junto com ela.
— QUEM SOU EU?!
As cópias, como em um
exército friamente treinado, abriram espaço para uma cópia idêntica à garota
passar por elas. Diferente de todas as
demais, esta tinha rosto. Era uma cópia exata da loira, que caminhou calmamente
em sua direção e a abraçou. Aproximou a boca de seu ouvido e sussurrou um nome
que parecia tão óbvio que, por um momento, a menina questionou-se como poderia
esquecer uma coisa tão simples quanto seu próprio nome, dito em resposta por
aquela cópia de forma tão terna.
— Yellow.
Todas as cópias se
desfizeram em nada.
A escuridão aos poucos se
tornou luz, e Yellow percebeu que estava no quarto com o mesmo monitor que
emitia os bipes e sentiu os cabos novamente plugados em seu peito. O acesso à
sua veia agora estava em sua mão esquerda.
Ela olhou para o quarto
agora e percebeu a presença de um garoto e um Pokémon amarelo.
— Pi! — guinchou Pichu,
pulando para a maca quando viu que a garota acordou.
— Finalmente você acordou —
comentou Red com um sorriso. — Vou chamar os médicos.
A garota tentou novamente
tirar o acesso que estava em sua mão, mas Pichu notou e guinchou alto, o que
chamou a atenção de Red que prontamente correu para segurar as mãos da loira.
— O que você está fazendo?
— Eu tenho que sair daqui.
Eu só... Tenho que sair daqui.
— Tenha calma — disse o
garoto tentando tranquilizar Yellow. — Você estava desmaiada no meio da rua
ontem vestindo uns trapos. Eu e o seu Pokémon aqui trouxemos você até o Centro
Pokémon para te socorrerem.
— Meu... Pokémon?
Red não conseguiu esconder a
expressão de surpresa.
— Bem, esse Pokémon estava
do seu lado quando te encontrei e durante todo esse tempo esteve preocupado com
você. Esse Pokémon é seu... Não?
Yellow encarou a criatura
que a dava um olhar terno.
— Eu não me lembro de ter um
Pokémon... Na verdade, eu não me lembro de nada além do meu nome.
Red hesitou. Nunca havia
presenciado ou ouvido falar desse tipo de situação.
Alguns segundos se passaram,
mas com a tensão de ficar sem assunto, aquele pequeno tempo pareceu uma
eternidade para o garoto.
Em pensamentos, Red se
perguntava se deveria continuar a ajudar aquela garota, afinal ela não tinha
memórias, então consequentemente ela também não tinha a quem recorrer.
— Bom, é um começo. O meu
nome é Red. E qual é o seu?
A loira também hesitou e
encarou o garoto ao seu lado. Pichu lambeu a mão da garota carinhosamente para
chamar sua atenção e sorriu. De alguma forma, ela entendeu que o monstrinho
estava indicando que confiava no menino que estava ali.
— Yellow. — informou.
— Tudo bem, Yellow... Por
que você não pode ficar aqui?
— Eu não sei... — respondeu
a garota tentando se lembrar de algo, mas apenas o vazio preenchia sua mente. —
Eu tenho um sentimento ruim sobre essa ideia.
— Um médico esteve aqui mais
cedo e disse que não havia nada errado nos seus exames. Provavelmente foi
pressão baixa, mas você vai precisar ficar mais um dia aqui em observação. Ninguém
aqui quer te fazer mal, Yellow. — comentou Red tentando tranquilizar a
garota. — E se tentarem, eu vou ficar aqui o tempo todo com você. E aposto que
o pequeno aqui também.
O monstrinho levantou suas
patas dianteiras e guinchou de alegria. Yellow acenou com a cabeça indicando
que aceitava os termos do acordo e se deixou dormir novamente, sem pesadelos
dessa vez. Pichu deitou em sua barriga para descansar também.
Red continuou sentado ao
lado de Yellow, encarando o chão. Ele prometeu proteger a garota. Eles estavam
em um Centro Pokémon e nada de ruim iria acontecer ali. Mas... E se acontecesse?
Ele tinha perdido a batalha contra Gary no dia anterior. Ele falhou com seus
Pokémon e consigo mesmo.
Ele olhou para a garota e
seu Pokémon dormindo sobre a maca e saiu do quarto por um instante.
Parou no corredor, em frente
à porta do quarto de Yellow e deixou Pikachu e Rattata saírem de suas
respectivas PokéBolas. Hesitou ao pegar a PokéBola de Mankey, mas pensou em seu
comportamento explosivo e decidiu não soltá-lo numa instituição de cuidados
médicos. Ele encarou seus Pokémon e se ajoelhou para poder ficar mais próximo
da altura deles.
— Me desculpem por ontem — começou
o treinador.
Rattata se aproximou de Red
e cheirou sua mão como um gesto de carinho enquanto Pikachu apenas continuou
encarando o humano.
— Eu acho que eu não posso
só explorar e descobrir as coisas do mundo lá fora e ficar jogando tudo para
cima de vocês no final das contas. Desse jeito eu vou acabar não cumprindo
promessas que eu fiz.
Red olhou para trás, para a
porta que o separava do quarto em que se encontrava Yellow. Desse jeito, ele
não poderia protegê-la, muito menos poderia completar a Pokédex. Não
conseguiria nem ao menos continuar a viagem até a próxima cidade.
Ele olhou novamente para
seus Pokémon
— Apesar de ter a licença —
continuou — acho que ainda não sou um treinador de verdade... Eu quero mudar
isso. Eu quero crescer junto com vocês nessa jornada. Vamos dividir juntos as
dores das derrotas e os sorrisos das vitórias. Espero que possam me perdoar e
que possamos ter um recomeço.
Pikachu estendeu a pata
dianteira direita para Red, como sinal de paz e de um novo acordo tratado.
Agora eles não apenas estavam juntos pelo acaso e por ordens do Professor
Carvalho, mas porque queriam estar um com o outro.
Rattata pulou nos braços de
Red, que o abraçou.
— Obrigado pessoal. Vocês
são os melhores!
O garoto retornou ao quarto
da Yellow e se sentou na cadeira ao lado da cama, onde viu o resto do dia passar até cair no sono, dormindo durante
o resto da noite.
***
Com a chegada da manhã, os
raios de sol iluminaram o quarto. Yellow foi a primeira a acordar e percebeu
que Red estava dormindo sentado na cadeira, encostado na janela. Ela ficou
surpresa ao perceber que o garoto continuou ali ao seu lado, mas ao mesmo tempo
feliz por ele ter cumprido a promessa que havia feito, de ter passado a noite
ao lado dela.
Ele não parecia realmente
ser uma pessoa ruim.
Não demorou muito até que o
garoto acordasse e a equipe médica chegasse para trazer o café da manhã da
menina. A sopa que foi dada para Yellow foi prontamente recusada por ela, mas
por insistência de Red, a garota cedeu, provando o prato, que imediatamente agradou
seu paladar.
Após a avaliação dos sinais
vitais no monitor, o médico responsável informou que nada de estranho havia
sido encontrado nos exames de sangue ou na ressonância magnética que a garota
havia passado. Aquele devia ter sido um caso esporádico e por isso a garota
podia ser liberada.
Ela foi para o banheiro
tomar uma ducha e se vestiu com os trapos que lhe pertenciam. Ao sair do
banheiro, Red espantou-se em ver que a garota não possuía nenhuma roupa
decente.
No começo da tarde, os dois,
acompanhados de Pichu, foram até ao Mart de Viridian, onde Yellow poderia
comprar roupas novas para vestir no lugar dos trapos que cobriam seu corpo,
como presente de Red. Ela experimentou timidamente algumas roupas até escolher
uma camisa preta de mangas longas e uma calça jeans. Acabou escolhendo também
vestir uma bata amarela por cima da camisa preta que era tão longa que a barra
alcançava seus joelhos. Para calçar, optou por um par de botas de cano alto que
cobriam metade de suas panturrilhas. Também escolheu uma pochete marrom para
guardar o que precisasse.

Red pagou pelas roupas da
garota e eles foram até uma praça próxima e sentaram-se em um banco.
— Para onde você vai agora,
Yellow? — questionou Red.
— Eu não sei. Eu não me
lembro de onde sou e nem para onde eu estava indo. Para onde você vai, Red?
O garoto retirou um mapa de
dentro da mochila.
— Eu vou para Pewter, que
fica atravessando a Floresta de Viridian. Pretendo capturar alguns Pokémon por
lá.
— Você está viajando?
— Isso. Eu estou tentando
capturar vários Pokémon diferentes para ajudar um pesquisador e para isso vou
viajar pela região de Kanto — o garoto pensou por alguns segundos encarado a
menina em sua frente. — Por que não vem comigo? Talvez você encontre o lugar ao
qual pertence durante a viagem.
Yellow hesitou. Ela não
conhecia Red direito, mas não conhecia ninguém mais além dele. E ele fez mais
por ela naquele pequeno tempo que passaram juntos do que qualquer outro durante
a vida toda.
— T... Tudo bem.
— E esse Pokémon aí? Eu
nunca vi um igual a ele. Que tipo de Pokémon é esse?
— Eu já te disse que eu não me
lembro dele ser meu Pokémon.
— Minha PokéDex não me deu
muitas informações sobre ele... Que incrível! Eu preciso capt... — Red parou.
Percebeu que Pichu estava se esfregando no braço de Yellow. Ele já tinha escolhido
a própria treinadora.
O garoto sacou uma PokéBola
de sua mochila e entregou para a companheira.
— Ora, ora... Então eu acho
que é melhor você capturar seu primeiro Pokémon então.
— Quê?
Pichu viu a cena e pulou
animado. Apertando o botão da cápsula, foi sugado por um raio de luz vermelha.
A PokéBola nem tremeu e piscou imediatamente, indicando uma captura
bem-sucedida.
— Parabéns, Yellow. Você
conseguiu seu primeiro Pokémon! — sorriu Red. — Agora estamos prontos para
encarar a Floresta de Viridian.
O garoto entregou a PokéBola
para Yellow, que encarou o objeto com uma leve hesitação. Aquele Pokémon, assim
como Red, havia dedicado tempo e esforço para que a garota ficasse bem. Ainda
que não fizesse a mínima ideia de quem Red ou Pichu fossem, ela sabia que
talvez pudesse contar com eles para poder ter alguma ideia de quem ela era.
Os dois jovens levantaram do
banco e rumaram para norte, onde a floresta os aguardava. Tentando superar e
preencher o vazio do passado por um lado e por outro buscando compreensão dos
desafios que os aguardavam no futuro, aquele era apenas mais um instante em um
pequeno ponto de poeira no universo.
Todavia, era o início de uma
grande jornada para aqueles dois ilustres desconhecidos.
Salve, Killer!
ReplyDeleteRapaz, aqui tivemos um capítulo bem interessante, que serviu para resolver alguns problemas e resolver certas questões antes do Red ir para Pewter.
Primeira coisa a comentar é sobre esse pedido de desculpas do Red aos seus Pokémons. Não foi culpa dele ter perdido a batalha, a falta de experiência pesou bastante naquela situação contra um adversário que já tinha o mínimo de conhecimento e preparo. Mas talvez seja esse sentimento de culpa o fator crucial para a mudança de mentalidade do Red, para que ele desenvolva um comportamento que o fará evoluir.
E também tivemos esse mistério em torno da Yellow. A menina que vimos cair no chão das ruas de Viridian agora tem nome, e até um Pokémon, mas as memórias ainda estão distantes. Me pergunto o que aconteceu para que ela chegasse a esse ponto.
Foi muita sorte dela ter sido encontrada pelo Red. Seja lá o que a levou a esse estado, não é coisa boa. E o Red pelo menos teve esse senso de dever em ajudá-la. E ficou o tempo todo a acompanhando na enfermaria. Já pode shippar, ou tá cedo ainda? kkkkkkk
Enfim, mais um excelente capítulo. Tô gostando de ver, cara. Kanto é onde tudo começou, então é uma região que merece ir longe em sua história. E certamente você tem passado confiança para a equipe de que é capaz disso. Já estou no aguardo do capítulo 5.
Até a próxima! õ/
Opa Shads! Pewter é logo ali! Melhor cidade de Kanto, talvez só perca para Celadon.
DeleteA gente que vê a situação de fora é bem fácil, mas o Red se recusa a ver o Gary como um superior cara, na mente dele os dois são iguais. Então de certo modo para ele foi culpa dele, porque algo na sua maneira estava fora do lugar, afinal, ele tomou uma bela porrada, hehe.
E SIM! A YELLOW, GAROTA LINDA! Pelo menos ela lembra do nome! Daqui até o final a gente descobre o que deixou ela assim (Ou não, click bait tá aí pra isso).
Shippar?! KKKKKKKKK Eu acho cedo, mas se vocês já querem, tão de portas abertas e que comece a zuera! KKKKKKKKK
Valeu cara, como eu já disse, eu cheguei aqui pra domar essa região e vou fazer o meu melhor para entregar uma história de respeito!
Smell ya later, bro!
Bem Killer, vou comentar sobre dois capítulos aqui...
ReplyDeletePrimeiro,vou falar do anterior. Eu me amarrei bastante nele... Gostei da captura daquele Mankey e dos hábitos que você descreve que a espécie tem, isso enriquece a história. Mas... Houve uma pequena coisa que me incomodou... E que nem culpa sua é, que é o Red ser um noobão daqueles noobões mesmo, mas isso é parte do desenvolvimento dele como personagem, então não posso reclamar muito, é só que eu nunca fui muito fã deste tipo de início. E o problema não foi ele perder, foi só a noobagem extrema. Mas ele vai evoluir, e vai conseguir chegar lá, nós sabemos.
Mas bem, sobre o capítulo de hoje
... Foi um capítulo mais lento, mas ótimo, ótimo mesmo. Temos aqui o chamado "key event", que é a introdução da Yellow, encontrada com as roupas em farrapos e desacordada, com um Pokémon desconhecido ao seu lado. Por fim, ela não se lembra de nada, isso SE ela tiver realmente alguma memória, e depois falo o porquê dessa teoria. E aí fica a pergunta: por que ela está ali, quem é ela é de onde ela vem.
E agora, com toda uma inocência, ao fim do capítulo os dois decidem seguir juntos, rumo a uma outra cidade, passando por uma floresta onde, de certo, um deles vai capturar um inseto.
Saquei Napo, o Red foi um noobão mesmo, eu entendo o que você quis dizer. Já peço perdão pelo vacilo que ele vai dar outras vezes então kkkkkk, mas prometo que a Yellow e outras pessoas estarão ao redor dele para amenizarem a situação! Mas ele tem um bom coração, e pode ter certeza que ele vai evoluir! A prova está em AeJ!
DeleteOpa! Já temos teorias sobre a Yellow?! Olha que eu já deixei pistas hein? Já tô falando demais!
Temos predicts também do capítulo 5?! Olha que ele é especial viu? Espero que tudo aconteça bem para ele sair da data certa e não atrasar como o costume de Kanto e você confirmar ou não seu predict!
Eae
ReplyDeleteOutro ótimo capítulo, vamos falar um pouco dele.
Primeiramente o Red que é super gente boa, se preocupando com a Yellow. Ele vai mudar da água pro vinho, hein. Ele usando a licença dele para cuidararem da Yellow é tipo gente compartilhando plano de saúde.
A Yellow é uma personagem misteriosa...
Mas aqui vai minha teoria, cuidado com possíveis spoilers:
Ela apareceu em Veridian, onde fica o ginásio que é um dos escondrijos da Equipe Foguete, que gosta de fazer experimentos, e baseado no sonho dela, eu chutaria que ela é um clone ou algo assim.
Agora vamos para a floresta de Veridiana junto com a primeira companheira do nosso protagonista.
E no final não era um charmander.
Até a próxima e espero ansioso o próximo capítulo!
Opa!
DeleteCara, o Red tem seus motivos, uma hora ou outra vocês vão descobrir (Ou não, quem sabe?).
Opa! Já temos teorias! Gosto assim! Mas infelizmente eu só posso responder com uma poker face para evitar spoilers, mas continuem, adoro ler as teorias de vocês!
KKKKKKKKKKK CARA! EU NÃO SEI COMO VOCÊS ACHARAM QUE ERA UM CHARMANDER! EU NÃO DEI NENHUMA DESCRIÇÃO DO POKÉMON! KKKKKKKK
E QUE VENHA A FLORESTA DE VERIDIANA! INSETOS EVERYWHERE!
Te vejo no próximo capítulo!
Hey Killer
ReplyDeleteTudo tranquilo como Pachirisu?
Gostei do capítulo,e gostei da Yellow,ela parece interessante,principalmente depois dessa cena estilo Naruto e Kurama onde o nome dela foi revelado :v
O Red ganhou mais uma motivação,ser forte para proteger seus amigos(ainda não vai ter shipp,vou esperar o terceiro personagem e daí eu penso em shippar geral huahsuahs),gosto disso,antes ele não tinha algo que ele realmente quisesse,pegar os mons foi pedido do Oak,batalhar em ginásio não é o sonho da vida dele,ele só estava fazendo as coisas ao acaso(mesmo que o acaso proteja ele enquanto ele andar distraído)e agora ele realmente quer algo,e isso é bacana
Cara eu gostei do Pichu,mais que do Pikachu,não que eu não goste do Pikachu,ele é fofinho e talz mas não sou tão fã dele :v
E está chegando a floresta,quero capturas,AeK precisa manter a tradição de pelo menos um mon por capítulo huahsuahsuas
See Ya
Ps:Red é noob com vontade,pelo amor de arceus,o bicho é amarelo,orelha pontuda,cauda preta,bochechas rosadas,o cara não percebe a relação com o Pikachu e pergunta que tipo de mon ele é huashuahsuas
Opa! Nossa, que interessante ver as referencias de cada um. Apesar de ter lido Naruto até o fim, eu me inspirei em Star Wars episódio VIII, na cena dos espelhos da Rey e cenas de Zumbi kkkkkkk
DeleteComo assim vai shippar todo mundo?! Olha o respeito que isso aqui é uma fic de família?! Só 2 pessoas por shipp!
Red está juntando várias motivações, mas agora ele tem uma promessa e alguém que depende dele. Resta esperar para ver como ele vai crescer (ou cair) com isso.
Eu sei que as pessoas as vezes tem um pé atras com Pikachus, então espero dar meu melhor com esse aqui! Espero estar indo tudo bem!
E prometo manter a tradição pelo menos no próximo capitulo!
See ya Bro!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK CARA NÃO ME MATA DE RIR!!!!!! ORAS PICHUS SÃO RAROS EM KANTO! ELE É NOVINHO, VAI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Oieee!!!
ReplyDeleteMuito fofo esse capítulo, houveram vários pontos legais que eu gostaria de mencionar. O primeiro foi que eu achei muito fofo o comportamento do Red para tentar ajudar a Yellow, uma prova de que, apesar de ser um menino comum, ele tem um coração muito bom. Se fosse qualquer outro poderia ter simplesmente deixado ela lá ou desistido quando a enfermeira disse que ele não atendia. Além disso, fez uma promessa a ela e cuidou dela durante toda a noite, mesmo sem a conhecer. Fiquei refletindo se usando a licença do Red, ela não ficaria no lugar dele e ele teria que ficar na rua kkkk
Agora falando da Yelow, você colocou uma personagem muito interessante. Eu particularmente adoro a personagem, apesar de geralmente ela ser esquecida pelos escritores. Isso dela não se lembrar do passado e não ter nenhum dano físico me leva a 3 teorias: 1 - ela tem algum distúrbio mental, 2 - Ela passou por um trauma tão grande que simplesmente abstraiu o passado de sua cabeça, 3 - Ela seria um ser meio que criado em laboratório e como passou a vida inteira em uma espécie de coma, não tenha passado (o que teria de ser bem bolado porque se considerarmos que ela não tem passado, não saberia ler, escrever ou sequer compreender a linguagem humana). Enfim, chega de teorias da conspiração.
Sobre o Pichu, eu gosto dele e o acho muito fofo. Aparentemente ele já conhecia a garota ou não a seguiria tão fielmente simplesmente por seguir. Creio que ele já era um pokémon dela ou que eles tenham fugido sabe se lá de onde juntos e isso os fez criar uma ligação.
Concluindo esse comentário que acho que talvez tenha ficado um pouco extenso, gostei muito do capítulo. Você conseguiu apresentar muito bem esse clima de inocência que gira em torno do início de jornada, principalmente de Kanto, que é a primeira região. Espero que continue a escrever e aguardo ansiosamente pelo capítulo 5.
Abraços!
Opa Carol! Sim, o Red é um garoto puro e de bom kokoro, ele era o único que podia ajudar, então não podia deixar ela de lado.
DeleteSobre a Yellow, ME DESCULPE, mas não posso falar nada ainda, MAS EU ADORO VER AS TEORIAS QUE VOCÊS JÁ ESTÃO FAZENDO, ACHO MARAVILHOSO VER AS PECINHAS QUE VOCÊS JÁ ESTÃO PEGANDO!
E O PICHU É UM GOD MANO! AUSHAUSHAUHSUAHHUS
Capitulo cinco tarda mas não falha! Daqui a pouco chega!
Abraços! See ya!
Fiquei com uma vibe de Venom quando a yellow esta para descobrir seu nome, pensei que ia ter a frase "Nós somos Yellow" kkkk, mas tirando minha loucura passageira, achei muito intrigante essae evento no void que a garota descobre algo sobre si.
ReplyDeleteO Red tem um Pikachu e pensou em capturar um Pichu... Aff mano pode ter Pokémon repetido não kkkk times tem que ter variedade, controla esse garoto, ou se não ele vai ter 6 Rattata para enfrentar o Brok ._.
Adorei termos um personagem misterioso para acompanha a viagem, vamos ver o que a yellow tem para revelar no futuro.
Abraços.
Opa! Ainda nem assisti Venom, mas olha aí como que a gente pega as refêrencias! ASUHAUSHASUHASUAHSUHASUHAS
DeleteCARA, AGORA EU QUERO FAZER UMA LUTA DE SEIS RATTATA NO GYM! AUSHAUHUSAUHHSUAHHSUAHHS COMO ASSIM N PODE POKÉMON REPETIDO?!
YELLOW IS ALL ABOUT MISTÉRIO!
Que capítulo diferente e intrigante para um início de jornada! Eu sabia que a Yellow seria introduzida, mas não tinha ideia como. Um personagem sem memórias sempre abre um leque de infinitas possibilidades e você deu todo um cuidado para ela, desde o momento em que o destino reuniu esses dois no meio da estrada. O capítulo inteiro vai construindo uma tensão, desde a tentativa de fuga do hospital até a bizarra alucinação — muito bem escrita, diga-se de passagem. Ao mesmo tempo que sei muito sobre o que vai acontecer nas histórias da Aliança, também tenho espaço para abrir minhas próprias teorias. Teria ela sido vítima de experiências de clonagem? Estou adorando vê-la sob essa perspectiva, uma mistura de inocência e angústia.
ReplyDeleteAh, a forma como Red tratou seus Pokémon, reconhecendo que precisa se esforçar mais e ser um melhor treinador, foi um trecho pequeno que fez a diferença kkk Gosto de ver palavras como "carinho" sendo utilizadas, mesmo com um Pokémon selvagem capturado ao Pokémon. Ele não é fissurado só no Pikachu, ele foi gentil até com o Rattata, por isso retiro o que disse sobre o roedorzinho purpuro no capítulo passado, ele é muito fofo kk Não sei se o Red será do tipo que vai capturar centenas de Pokémon e usar um pouco de todos ou focar num time só, mas mesmo com todas essas capturas acho que será possível um rol de opções muito bacana em cada Pokémon, como foi feito na adaptação do Origins. O Red era sempre visto com um time diferente, e isso era foda.
Yellow e Red, que relação amorosa de carinho e afeto. Os dois foram reunidos pelo destino e espero que essa jornada traga muitas respostas para os medos e dúvidas que ambos carregam. Está de parabéns pelas descrições, você está sabendo controlar o ritmo do capítulo muito bem, quando é hora de sair e capturar os Pokémon é uma dinâmica, quando é para passar a tensão de uma cama hospitalar é outra completamente diferente, e isso é incrível. Digo que esse começo de jornada está sendo formidável! Grande abraço, Kill.
PS. Mal posso esperar para ver o motivo de você adorar tanto a Garota Veneno que nos aguarda no próximo capítulo kkkk
Verdade! Você já sabia que ela seria a companheira do Red, mas eu não tinha contado como eles se conheciam! ( ͡° ͜ʖ ͡°)
DeleteVocê achou diferente? Eu não sei, eu senti que foi uma pausa necessária depois do capitulo 3, e ao mesmo tempo dei o foco que eu precisava para a nossa loirinha favorita de Kanto.
Eu gostei muito de escrever a alucinação dela. Eu dei uma assistida na cena de Star Wars VII antes por que eu tava com o conceito dos espelhos na cabeça, mas eu queria pegar o visual de novo. Espero que eu tenha conseguido passar a sensação dela. A fuga no hospital na verdade eu senti mais dificuldade, já que eu tenho intimidade com esses ambientes e fiquei tentando não complicar tanto as coisas como seria no mundo real.
Red é um cara mt bonzinho né? Gente boazinha só se lasca mesmo auushaushaushauhus
Mas sim! Ele reconheceu que ele ainda não é capaz de vencer grandes treinadores e tem que se esforçar mais! Os Pokémon dele perceberam que ele não é qualquer um! E o Rattata é um fofo! Sobre o time do Red, só lendo para saber ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Yellow é uma fofa também! Os dois merecem respostas (Mais urgentes no caso da Yellow) E ela mal sai do hospital e já tem o seu próprio Pokémon!
Obrigado cara! O ritmo é o que eu mais tenho preocupação na hora que eu estou escrevendo o capitulo, principalmente na hora da tensão! Você não sabe como eu fico feliz lendo isso!
GAROTA VENENO O MUNDO É PEQUENO DEMAIS PRA NÓS DOIS!
Capítulo magnífico e o meu preferido até agora!
ReplyDeleteNão teve muita ação relativamente a combates ou capturas pokémon, no entanto, foi a descoberta e o encontro dos nossos protagonistas. E de uma maneira bem única, na minha opinião.
A garota que desmaiou há uns capítulos atrás chama-se Yellow e traz consigo um simpático e querido Pichu! Isso é interessante! Para além de Pichu não ser um pokémon naturalmente de Kanto, a situação, em geral, da garota é bastante curiosa e "infinita". O seu passado é um grande mistério e isso permite que muitas portas se abram. O meu palpite? Com certeza tem algo a ver com a Team Rocket... eu lembro-me de algum episódio especial que envolvia Mew e um garota pequenina... já agora, toda aquela alucinação foi meio sinistra mas muito fixe mesmo!
Relativamente a Red, eu admito que ele subiu uns pontinhos neste capítulo! Aquele pedido de desculpas aos seu pokémon e o seu comportamento em relação a Yellow foi memorável... caramba! Ele ficou ao lado dela no hospital, foi comprar roupas novas para a garota e depois ainda ajudou a capturar o seu primeiro pokémon! ESSE É HOMEM PARA CASAR!!!
Continuo ansioso para o desenrolar da história, que até agora me continua a agradar e surpreender! Ótimo trabalho, muitos parabéns!
NÃO É?! EU ADOREI ESSE CAPÍTULO TAMBÉM! NOSSA ESCREVER ESSES SONHOS LOUCOS DA YELLOW FOI MUITO LEGAL E DESAFIADOR! ESPERO TER PASSADO BEM A SENSAÇÃO!
DeleteBom, ela não lembra de nada, então eu acho que nem ela poderia te ajudar agora, mas eu abro aqui as apostas para os leitores!
Nossa, o Red é muito bonzinho, né?! Mas ele ainda tem muito o que aprender se quiser dizer "Eu sou Red" (Alguém sacou a referencia?)
Espero que continue gostando até o Hiato quase infinito! HAHAHAHAhahahahah risos risos (nervoso...)
Yooo Killer. Tudo bem?
ReplyDeleteCaraca, como a Yellow é uma personagem incrível mesmo a gente não sabendo quase nada sobre ela. Mas adorei a apresentação enigmatica dela, me faz criar mil teorias na cabeça que renderiam um podcast hasuashuahushu
Eu adoro suas cenas no Centro Pokémon, sempre cheio de detalhes que me fazem sentir num hospital mesmo ahuashauhs
Eu fiquei com medo do sonho e me fez lembrar uma cena que tem em Zelda Twillight Princess
Excelente capítulo, Killer. Estou amando o Red <3
abraços e até a próxima :3
Ainda bem que gostou da Yellow! Ela começa muito bem, mas tenho medo dela ficar apagada no meio da história...
DeleteEu tento fazer todas as cenas ficarem interessantes para não parecerem só fillers jogados no meio do capítulo aushauhsuahsuahsuahs ainda bem que você tá gostando!
E eu aidna não joguei esse zeldinha, mas agora fiquei curioso!